Caroline* ouviu uma pergunta de seu chefe: “por que eu te contratei?”, após dizer que não sabia editar vídeo, função que não era a dela. Era sua primeira semana de estágio em Publicidade e Propaganda quando recebeu a chamada ríspida na frente de vários colegas. O assédio moral que sofreu foi repetido diversas vezes durante um ano e meio em que trabalhou na empresa de capacitação de TI.
Com 19 anos naquela ocasião, a estudante ouvia comentários com teor sexual de diferentes profissionais, todos homens. Certa vez foi perguntada “se fez teste do sofá para entrar na empresa” por conta da roupa que vestia, ao que respondeu com um sorriso amarelo.
“Me sentia exposta, era constrangedor. Não sabia como me defender daquilo. A simples sugestão de estar ‘à disposição’ daquelas pessoas já me causava incômodo. Pensar nisso hoje é complicado, mas eu aguentei porque precisava do dinheiro”, diz, e completa que também era assediada por clientes da organização, que sugeriam “algo a mais” fora do expediente.
Após arrumar outro emprego em uma agência de publicidade, os episódios de assédio se repetiram. Um dia, errou a faturação de uma nota e a reação do seu ex-chefe foi explosiva. “Ele veio apressado até a minha mesa, jogou os papéis e só disse: ‘pensa melhor nas coisas que você está fazendo’. Era meu terceiro dia ali, aquilo tudo me deixou muito assustada”, afirma ela, que nunca denunciou os abusos sofridos.
Desempregada desde o início da pandemia, Caroline*, hoje com 29 anos, acumula uma série de relatos de comportamento abusivo de terceiros no ambiente de trabalho. Atualmente, porém, as insinuações ganharam o adicional de ser questionada por recrutadores de vagas sobre sua vida amorosa no LinkedIn.
A campanha #EUDIGONÃO AO ASSÉDIO SEXUAL NO TRABALHO”, já são mais de 150 palestras e eventos ministrados de forma gratuita, tudo com o intuito de fortalecer a consciência empresarial, estimular a “CONSCIÊNCIA” das empresas sobre a sua responsabilidade social.
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