Promotora deve recomendar abertura de inquérito contra o humorista
Oito mulheres formalizaram denúncia por assédio sexual contra o ex-diretor da TV Globo Marcius Melhem. A promotora Gabriela Manssur, da Ouvidoria das Mulheres do Conselho Nacional do Ministério Público, deve encaminhar a promotores do Rio os depoimentos, recomendando a abertura de um inquérito criminal para investigar o humorista.
Segundo a coluna de Mônica Bergamo na Folha de S. Paulo, a promotora também vai recomendar adoção de medidas cautelares, como proibir Melhem de se aproximar das mulheres que o denunciaram. Também pode recomendar que ele seja proibido de divulgar as mensagens que trocou com elas, orientando que a investigação corra sob sigilo.
Em nota, a defesa do humorista diz que “o encaminhamento dos relatos ao Ministério Público do Rio de Janeiro é um passo natural dentro do rito judiciário” e que Marcius pede desde o início que a apuração aconteça onde deve ser feita: na Justiça. “Só lamentamos que isso tenha sido feito a nosso pedido e depois da tentativa de julgamento apenas na opinião pública. Melhem coloca à disposição da justiça toda sua comunicação, telefônica ou digital, periciada e sem restrições. Importante que todos saibam de verdade como as relações se davam e a responsabilidade de cada um. Que tudo seja esclarecido”, finaliza o texto.
Denúncias e processo
Em dezembro de 2019 começaram a surgir as primeiras denúncias de que Melhem teria assediado moralmente atrizes do núcleo de humor da Globo, do qual era coordenador. Em outubro do ano passado, a advogaad Mayra Cotta, representando mulheres que acusam Melhem, disse que ele “atuou de forma violenta com várias mulheres”. A reportagem da piauí mostrou que Melhem teria assediado moral e sexualmente Dani Calabresa.
Neste mês, Melhem protocolou na Justiça de São Paulo uma ação de indenização por danos morais e materiais contra Daniella Giusti, conhecida como Dani Calabresa. Na ação, Melhem pede também que a atriz seja obrigada a fazer uma retratação publica por “fatos inverídicos por ela divulgados ou corroborados por meio da mídia”.
A indenização pedida é de R$ 200 mil por danos morais. Segundo os advogados de Melhem, o valor será usado para doação à Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD). A retratação, pede o ator, deve ser feita nas redes sociais da atriz e “perante a revista piauí”. A publicação fez grande reportagem sobre as denúncias contra Melhem.
Os advogados pedem ainda que Calabresa pague o tratamento psiquiátrico de Melhem até que ele tenha alta médica, além de ressarcir os custos que ele teve ao longo do processo, com valores corrigidos. Com tudo isso, o valor pedido passa para R$ 246,4 mil.
Trecho do pedido diz que Melhem “não teve contra si processo que comprovasse o assédio”. Mesmo assim, ele agora é visto como “persona non grata”, foi “alijado da vida profissional” e teve “nome, imagem e honra vilipendiados” naciolmanete, alegam os defensores. “Padece de sofrimento psíquico, restando submetido a custoso tratamento psiquiátrico”. A ação tem cerca de 60 páginas e inclui prints de mensagens trocadas entre Melhem e Calabresa, na tentativa de provar que tinham uma relação afetuosa.
Dani Calabresa afirmou que não vai comentar a ação.
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