Mil funcionários do Google assinaram uma carta publicada na internet nesta sexta-feira (9) pedindo à empresa-mãe, Alphabet, mais proteção para aqueles que denunciam assédio sexual no local de trabalho.
O texto destaca que o gigante da tecnologia tem um padrão de proteger ou mesmo recompensar os responsáveis pelo assédio sexual, o que deixa as vítimas sofrendo no ambiente de trabalho.
“A Alphabet não oferece um ambiente seguro para aqueles que enfrentam assédio no local de trabalho”, diz a carta. “Mesmo quando os Recursos Rumanos confirmam o assédio, não são tomadas providências para garantir que quem denunciou está seguro”, acrescenta.
Qualquer pessoa que assediou um colega de trabalho deve ser excluída das funções de liderança e deve mudar de equipe para se distanciar das vítimas, exigem os funcionários.
“Estamos profundamente cientes da importância desta questão”, afirmou um porta-voz do Google em resposta a uma consulta da AFP.
“Trabalhamos para apoiar e proteger as pessoas que relatam preocupações, investigamos minuciosamente todas as reclamações e tomamos medidas enérgicas contra as alegações fundamentadas”, acrescentou.
Em uma coluna publicada nesta sexta-feira no site do The New York Times, a ex-engenheira do Google Emi Nietfeld disse que seu perseguidor, um colega de trabalho, sentou-se em uma mesa ao lado dela no escritório, mesmo depois de enviar a reclamação ao departamento de Recursos Humanos.
O Google tem enfrentado críticas nos últimos anos por sua resposta interna ao assédio sexual, especialmente se os réus forem executivos.
Milhares de funcionários do Google aderiram a uma greve global coordenada no final de 2018 para protestar contra a forma como o gigante da tecnologia dos EUA lidou com o problema. Cerca de 20.000 funcionários e contratados da empresa participaram do protesto em 50 cidades ao redor do mundo, de acordo com os organizadores.
“Fizemos melhorias significativas em nosso processo geral, incluindo a maneira como lidamos e investigamos as preocupações dos funcionários e a introdução de novos programas de atendimento para os funcionários que relatam preocupações”, disse o porta-voz do Google.
“Reportar má conduta exige coragem e continuaremos nosso trabalho para melhorar nossos processos e apoiar as pessoas que o fazem”, acrescentou.
O Instituto Latino-Americano de Defesa e Desenvolvimento Empresarial – ILADEM, é uma entidade sem fins lucrativos, mantida pela BRG Advogados. Há quatro anos realiza a campanha #EUDIGONÃO AO ASSÉDIO SEXUAL NO TRABALHO”, já são mais de 150 palestras e eventos ministrados de forma gratuita, tudo com o intuito de estimular a “CONSCIÊNCIA” das empresas sobre a sua responsabilidade social.
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